Depois da tempestade

Depois da chuvarada é tempo de recomeçar.

As capas dos jornais de Santos e da capital com o dia seguinte ao temporal que atingiu a Baixada Santista deixando mortos e desaparecidos.

Em A Tribuna procuramos criar uma capa impactante mas ao mesmo tempo leve, bonita, sem ser apelativa.

Confesso que não foi uma tarefa fácil diante da quantidade de fotos excelentes da fotógrafa Vanessa Rodrigues.

Optamos não por uma, mas por três imagens que creio eu refletem exatamente a manchete da página: Tempo de recomeçar.

A foto maior, de Vanessa Rodrigues, é uma pintura que nos revela como está a vida dos moradores das áreas atingidas. Neste caso, no Morro do Macaco Molhado em Guarujá, a limpeza, a reconstrução, o recomeço.

A segunda imagem, de Carlos Nogueira, do enterro de um dos bombeiros soterrados durante o salvamento, a dor dos amigos e parentes, que terão de recomeçar suas vidas sem eles.

A terceira foto, de Matheus Tagé, mostra a solidariedade do povo com as montanhas de doações para ajudar neste recomeço.


O Diário do Litoral e os jornais da Capital também publicaram imagens em suas capas do rescaldo da forte chuva.

Folha de S. Paulo e Agora São Paulo optaram pelo registro do enterro de uma das vítimas, Artur, de 10 meses, enquanto O Estado de S. Paulo mostra o choro dos bombeiros no enterro dos colegas.

Chuva na Baixada. A cobertura de A Tribuna e DL

No post anterior publiquei as capas de A Tribuna e Diário do Litoral com a notícia da chuva que atingiu a Baixada Santista.

Agora, posto as páginas internas de ambos os jornais, mostrando como foi a cobertura nos jornais da região.

Em A Tribuna a equipe de reportagem se dedicou desde as primeiras horas do dia.
Repórteres e fotógrafos foram aos pontos mais atingidos pela chuva, numa incansável busca pela informação completa, exata e bem apurada.

Enquanto isso, na Redação do jornal, chefe de reportagem e editores elaboravam a edição da cobertura.

Paralelamente, a equipe de arte ia desenhando as páginas: infografista criando o infográfico, diagramadores 'desenhando' os layouts.

Para a primeira página foram feitos 6 a 7 modelos, todos buscando valorizar as imagens captadas pelos fotógrafos.

No final, foi um trabalho muto bem feito, com a integração das equipes do jornal impresso e da plataforma online.


Acredito que esse também tenha sido o dia da equipe de reportagem do Diário do Litoral, na cobertura da trágica chuva que causou mortes na Baixada Santista.


Abaixo as páginas de A Tribuna e Diário do Litoral.

Chuva na Baixada Santista

A região da Baixada Santista foi atingida por uma forte chuva no início da noite decsegunda e madrugada de terça-feira.

O resultado foi: ruas alagadas, enchentes, desmoronamento, desaparecidos, desabrigados e mortos.

Os diários da região (A Tribuna e Diário do Litoral) publicaram capas bastante parecidas, monotemáticas, com fotos da tragédia.

Em A Tribuna, abrimos mão da manchete, de título e texto. Apenas a data e o número de mortos e desaparecidos, em letras pequenas, sob a impactante foto de Carlos Nogueira do Morro do Macaco Molhado, no Guarujá, cidade que teve o maior número de mortos.

Já o Diário do Litoral optou por mais de uma foto, procurando também valorizar as imagens, utilizando pouco texto em sua capa.

Os jornais da Capital (Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Metro e o Agora São Paulo) também destacaram em suas primeiras páginas a chuva na Baixada Santista, que foi parar ainda na capa do Diário do Grande ABC (Santo André),  Diário de Taubaté (Taubaté), A Tarde (Bahia), Metro (Espírito Santo), Diário de Pernambuco (Pernanbuco) e do carioca O Globo.

Zé do Caixão

A página do Próxima Parada deste domingo é sobre José Mojica Martins, o Zé do Caixão.

Cineasta brasileiro folclórico de filmes de terror, Zé do Caixão, cultuado mo mundo inteiro, faleceu no último dia 19.

Para compor o layout, a minha ideia foi a de algo mais minimalista, gráfico, icônico, sem necessariamente ter uma foto dele.

Não que não mereça.

Mas por ser uma figura já tão conhecida, preferi seguir a linha de algo que o identificasse.

Pensei, claro, de primeira, nas unhas. Outras ideias eram a cartola, a capa preta, o caixão, a cruz.

Então fiz alguns esboços:

1- Relacionando aos filmes B de terror (tipo os de George Romero), braços de um cadáver saíndo da terra segurando uma placa. Nessa placa, seria aplicado o título.
O texto viria na parte inferior, como se estivesse no fundo da terra. Ele seria aplicado sob um fundo branco para dar leitura, podendo esse fundo ser em diversos formatos, como o caixão do modelo.

2- Um túmulo com a cruz bem simples, constratando o preto com o branco, típico dos cartazes dos filmes dele.

3- As unhas gigantes do Zé do Caixão, marca característica não apenas do personagem, mas do próprio José Mojica.

4- A silhueta do diretor, realçando o rosto e as unhas.

O modelo escolhido pelo editor Eduardo Cavalcanti e publicado foi o das unhas, inspirado no cartaz norte-americano do filme À Meia-Noite Levarei sua Alma.

Vogue México

As três capas da edição de março da Vogue México, com Cynthia Arrebola, Jean Campbell e Kesewa Aboah.

Coronavírus em São Paulo

O coronavírus teve o primeiro caso confirmado no Brasil e foi manchete dos jornais brasileiros, em uma quarta-feira de cinzas onde o Carnaval ainda reina nas capas.

O eterno Rei Momo santista.

No domingo de Carnaval a história do mais conhecido e duradouro Rei Momo da cidade de Santos: Waldemar Esteves da Cunha, cujo reinado foi de 1950 a 1991.

Para compor o layout, pensei no que caracteriza um Rei Momo tradicional: um sujeito gordinho com uma coroa.

E pensei em passar isso para a página.

Depois o esboço simples.

Em seguida a concepção no layout.

Terminando com a aplicação de título, texto e foto.

E assim ficou a página sobre a história do eterno Rei Momo santista.
Era uma vez...Santos.

Abaixo outros modelos testes.