quarta-feira, 8 de junho de 2022
Em dois paulistas e dois cariocas, a morte de Nara Leão em 1989
sábado, 16 de outubro de 2021
O último Estadão. O fim de uma Era.
E chegou às bancas hoje o fim de uma era no jornalismo impresso: o último O Estado de S. Paulo, O Estadão, no formato standard.
Sim. O jornalão vai mudar de tamanho. A partir de amanhã será berliner, também conhecido com germânico.
Trata-se da quebra de uma tradição dos jornais brasileiros. O standart sempre foi sinônimo de jornal sério e conceituado, ao contrário dos tablóides, considerados populares, irônicos, opressão marrom.
Mas há décadas o mundo dos impressos vem mudando. Na europa principalmente, os títulos mais conceituados adotaram tal formato, assim como na América do Sul e mesmo aqui, no Brasil, começando pelos sulistas e se estendendo por vários estados.
A mudança de tamanho é algo já pensado por muitos e muitos veículos, que buscam na economia do papel a redução de gastos em época de crise para os impressos.
Mas vejo essa mudança não apenas como forma de gastar menos. O formato berliner permite um melhor manuseio por parte dos leitores, além de dar um ar de modernidade à publicação.
Acredito que belas páginas poderão ser produzidas neste novo tamanho, sem perda do impacto visual por ser menor.
A mudança não deve ser somente de tamanho, mas imagino que um novo projeto gráfico virá junto.
É aguardar para ver o início de uma nova era no jornalismo impresso brasileiro e ver até quando os outros continuarão sendo jornalões.
Abaixo, algumas capas do Estadão antes da mudança.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2021
O incêndio do Joelma nas capas dos jornais de 2 de fevereiro de 1974
Imagine como foi a manhã do dia 02 de fevereiro de 1974 ao passar na frente das bancas e ver as capas dos jornais abertas, expostas para que os pedestres que passavam pela rua soubessem das notícias do dia.
Consegue?
Deve ter sido algo inesquecível e marcante. Com certeza, as pessoas pararam em frente às manchetes com olhares incrédulos e assombrados.
As capas mostrando a tragédia que foi a manhã de 01 de fevereiro de 1974.
Às 8h45, um curto-circuito em um aparelho de ar condicionado no décimo segundo andar deu início aquele que se tornaria o maio incêndio da história do país e, o segundo pior incêndio em arranha-céu em número de vítimas fatais, ficando atrás apenas das Torres Gêmeas. No edifício Joelma, foram 187 mortos e mais de 300 feridos.
A ampla cobertura dos jornais paulistas demonstra a gravidade e o choque que foi o incêndio. As imagens do prédio em chamas e de pessoas pulando das janelas na tentativa de sobreviver estamparam as páginas, dando a dimensão do que foi aquela manhã chuvosa.
Tanto a Folha de S. Paulo como o Estado de S. Paulo destinaram páginas e mais páginas para o incêndio, com ampla cobertura da tragédia. As capas foram monotemáticas, totalmente destinadas ao assunto, com várias imagens procurando mostrar aos leitores os momentos mais importantes da tragédia.
Nas páginas internas. fotos grandes e impactantes, que chocam e nos fazem, ainda hoje, imaginar o que foi aquele incêndio. Folha fez ainda uma página inteira com fotos, uma galeria da calamidade.
A Tribuna também dedicou toda a sua capa para o incêndio do edifício Joelma. O pular Notícias Populares manchetou ao seu estilo o trágico incêndio.
Aqui, as página de alguns dos jornais e revsitas do Brasil.
FOLHA DE S. PAULO