Mostrando postagens com marcador Projeto Gráfico. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Projeto Gráfico. Mostrar todas as postagens

sábado, 22 de novembro de 2025

Design do livro. Como foi feita a capa de Dentro, de dentro do poema.

Um olhar sobre a capa de Dentro, de dentro do poema.

A capa de um livro de poesia carrega uma responsabilidade muito importante. Ela tem a função de não apenas apresentar o título, mas estimular o leitor a uma experiência sensível, sendo seduzido a manusear, folhear, ter vontade de ler. 

E foi isso que pensei quando criei a capa de Dentro, de dentro do poema, de Rodrigo Ladeira.

Ao criar o projeto gráfico da capa,  assumi essa missão, buscando ao mesmo tempo aliar delicadeza e inteligência visual. Para isso, pensei no no primeiro impacto, vindo da imagem central — um papel rasgado sugerindo que a capa tivesse um buraco por onde o título manuscrito vem revelado do interior do livro. Não pensei nisso é apenas como um recurso estético, mas uma metáfora pura, onde o rasgo sugere acesso ao íntimo, ao não dito, ao que estava escondido sob a superfície da página. A poesia, aqui, não está impressa — ela emerge.

Azul, silêncio e respiro

A ideia do fundo azul foi criar uma atmosfera calma, introspectiva e ampla, sem ruídos. A escolha cromática não compete com a mensagem da obra, mas a amplifica. 

Tipografia 

Um dos pontos mais difíceis na criação de um projeto visual é a escolha das letras para compor o título. Muitas foram testadas, em diversos tamanhos, tipos e cores. Optei por usar duas fontes diferentes, buscando uma composição bastante hierárquica. 

O título DENTRO aparecendo no topo, todo em caixa alta e com contraste, funciona como ponto de entrada visual à capa. A segunda parte do título, em uma caligrafia manuscrita, centralizada dentro do buraco, serve como um mergulho no interior da obra.

Busquei nessa capa uma coerência conceitual. O projeto gráfico não tem a função de ilustrar a poesia, mas sim encenar. A ideia foi fazer com que o leitor não apenas visse a capa, mas participasse do gesto de entrar no poema. Penso que para um livro que fala sobre interioridade, imaginação e palavra, não poderia haver escolha mais simbólica.







sábado, 22 de julho de 2023

Revitalizando a editoria

Uma das funções mais fascinantes e desafiadoras para um diagramador é dar uma nova roupagem a uma editoria do jornal ou a uma página, mantendo as características dos padrões gráficos mas, deixando claramente ao leitor que, apesar da diferença, a página faz parte da mesma publicação.

Buscando dar mais amplitude na cobertura diária do maior porto da América Latina e reforçar a editoria de Porto & Mar, A Tribuna tem publicado, de terça a domingo, um conteúdo editorial diferenciado, com matérias temáticas que retratam a relação entre a população e o Porto, curiosidades, entrevistas e opiniões.

Para isso, criamos um layout diferenciado da página tradicional diária da editoria. A ideia é apresentar, de forma leve, um conteúdo que mescle ilustração, grafismo, valorizando a fotografia e priorizando o visual.

Como os temas são pré-definidos com antecedência (meio ambiente, transporte e logística, Porto-Indústria), o desafio é não ser repetitivo nos layouts, buscando sempre inovar, surpreender e cativar o leitor,  com a finalidade de tornar o conteúdo editorial mais atraente.

Abaixo, as primeiras páginas dessa nova toada da editoria de Porto & Mar de A Tribuna.














domingo, 17 de outubro de 2021

O primeiro Estadão. O início de uma Era.




E então o novo Estadão chegou. Foi mostrado,  vitrinado, visto e revisto.

Mudou o tamanho. Mudou a cara. Mudou o design. É o Estadão, mas sem a cara do velho Estadão.

Seguindo a tendência mundial o jornal ficou mais clean, com mais espaços em branco, disposição mais elegante de títulos e textos, layout revitalizado e moderno.

O novo formato começou a ser pensado em novembro do ano passado e tomou forma a partir de abril desse ano, tendo o projeto encabeçado pelo lendário designer Chico Amaral, hoje na Tric Media, de Barcelona e pelo editor multimídia do Estadão, Fábio Sales.

Além da mudança do tamanho, inspirada principalmente nos diários ingleses, novas seções foram criadas, além da reorganização das já existentes.

O corpo da letra foi aumentado assim como a entrelinha, buscando compensar a redução do tamanho da página para que a legibilidade dos textos não fosse prejudicada.

Uma nova palheta de cores primárias e secundárias foi criada, oferecendo uma facilidade de navegação (leitura) pelos cadernos do jornal.

Como toda mudança, ainda é cedo para ter uma ideia mais embasada se é boa ou ruim. Eu gostei. Como disse antes, achei um jornal bem claro, com um visual limpo e atraente de fácil leitura Mas olhando-o não me remete ao velho O Estado de S. Paulo. É um novo jornal. Um novo Estadão. Uma nova Era no jornalismo impresso brasileiro.

A seguir, as páginas do novo O Estado de S. Paulo.