Em 8 de junho de 1949 era lançado em Londres pela editora Secker and Warburg, com 326 páginas, o livro 1984, de George Orwell.
A obra narra a história de Winston Smith, um homem simples que tem a incumbência, através da falsificação de documentos públicos, jornais e livros, de perpetuar a propaganda do governo de um regime totalitário (o Grande Irmão) e sua ideologia, que controlava o pensamento dos cidadãos de muitas formas, dentre elas, a manipulação da língua. Um vigilância invasiva frequente.
Falando em capas, assim como a do Drácula, de Bram Stocker, que postei na semana passada (ver link https://seviradesign.blogspot.com/2022/05/dracula-125-anos-do-lancamento-de-bram.html), a da primeira edição foge completamente das demais, surgidas durante os anos. Em Drácula, excluindo a a capa inicial, quase todas as que vieram depois são sombrias, escuras, passando a ideia de terror e medo.
Já em 1984, as capas criadas após a primeira edição, assim como em Drácula, seguiram uma identidade parecida, usando como tema principal o olho que tudo vê, o olho do Grande Irmão.
A capa da primeira edição não faz referência alguma ao Grande Irmão. Uma capa simples, com título da obra e o nome do autor em primeiro plano e, em segundo plano, o número 1984, mais claro, como uma marca d´água.