quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Algo diferente na capa


Na capa de hoje de A Tribuna, há um peça que foge ao tradicional.
Como não estamos acostumados com esse tipo de recurso na primeira página, no início, achamos estranho. Parece que não cai bem. Mas depois, parafraseando Clóvis Rossi, "olhando com os olhos de ver", percebe-se que a peça faz sentido.

A chamada é sobre o Dia Mundial sem Carro. A ideia da editora-executiva era usar um título simples, sem chamada, meio conceitual, a foto de uma bicicleta moderna, dessas atuais.

Confesso que fiquei meio com o pé atrás. Fiz até um outro modelo de página com uma imagem tradicional, de pessoas na ciclovia de Santos. Mas o editor-chefe gostou da ideia e optou pela capa 'fora do tradicional'.

Fiquei procurando a melhor maneira de compor a peça. O maior problema era não ficar muito espaço em branco, muito vazio.

Apliquei um fundo verde bem clarinho e deixei a barra superior, normalmente azul, também verde. Afinal, o propósito do Dia Mundial sem Carro é em pról do meio ambiente.

Confesso que até o final, quando só faltava a primeira página para ser enviada à gráfica, fiz experiências. Tirei o fundo verde, apliquei um fundo neutro, deixei sem fundo, voltei a barra à cor azul, quadrupliquei a bicicleta colocando duas em cima e duas em baixo da peça e, no final, cheguei a esse modelo que foi publicado. Duas bicicletas menores em cima e uma maior na parte inferior, com o título no meio. E mantive a caixa verde.

Ainda que ela me pareça um tanto popular, nesse caso, com uma tonalidade bem fraquinha, não comprometeu muito.

E a capa manteve três níveis de importância da informação:
nível 1 - As chamadas de esporte no alto da página (que é o que vende o jornal);

nível 2 - A Manchete, algo sério e tradicional.

nível 3 - A parte inferior, as peças dos temas mais leves (mas não menos importantes).

Como eu disse no início, em um primeiro momento vamos estranhar, mas olhando bem, não ficou ruim não.

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