Pensando nisso, antes mesmo de chegar à redação de A Tribuna, já imaginava fazer algo diferente para a primeira página. Tive algumas ideias e esbocei alguns modelos de layouts.
Um deles, apliquei um efeito para que as letras do título ficassem 'derretendo' devido ao forte calor. No pé da página, uma pequena poça negra seria aplicada para dar mais realidade à ideia. No outro, apliquei uma rachadura no meio da página, que ia desde de a manchete no alto até o rodapé, cortando a folha do jornal como se o calor estivesse mesmo de rachar.
Eu gostei desses dois modelos, principalmente do primeiro, com as letras derretendo. Mas, ponderamos que iria fugir do padrão editorial de A Tribuna. Um padrão mais sério, sem muita 'brincadeira'.
O terceiro modelo que fiz foi o mais simples, com a aplicação de um termômetro sobre as imagens que registram momentos de calor na região. Esse termômetro, resolvi deixá-lo grande para ser o destaque na página, inclusive aplique-o no lado nobre da página, para valorizar mais a imagem.
E para fazer uma maior ligação com o título, apliquei ao lado da manchete uma pequena rachadura, deixando claro ao leitor que o calor foi de rachar.
O uso desses recursos nas páginas, que para muitos são brincadeiras, na minha modesta opiniãe o, é bastante válido para atrair o leitor, para chamar sua atenção. Afinal, quando o jornal chegar à banca ou à casa dos leitores, todos já saberão que no dia anterior fez calor. Então, o jornal precisa levar algo mais, criar uma interação maior com o leitor. Tentar se aproximar ao máximo de quem está lendo o jornal. Se o calor era de rachar, vamos rachar a página. Se estava derretendo, vamos derreter as letras. Se choveu tanto que alagou tudo, vamos alagar a página.
Em tempos de internet, de notícias em tempo real, o design salva os jornais impressos.
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