Os jornais têm hora para fechar. A gráfica não pode ficar parada. A impressão tem de começar. O tempo é um carrasco prestes a levar à guilhotina os que não cumprem o deadline.
Mas há situações em que os jornais conseguem dar uma escapada desse carrasco e esticar o tempo. E vale à pena.
Na noite de ontem, a atriz Fernanda Torres concorria ao Globo de Ouro de melhor atriz em filme de drama contra nada mais nada menos que Pamela Anderson, Angelina Jolie, Nicole Kidman, Tilda Swinton e Kate Winslet. Esse é um dos principais prêmios do cinema mundial, ficando atrás somente do Oscar.
Poucos jornais brasileiros resolveram apostar para ver e esperaram a premiação. E esses, foram vencedores, assim com Fernanda. Chegaram quentes, atualizados e, no meu entender, respeitando seus leitores fieis.
Claro que não houve nenhuma criação gráfica, nenhuma capa diferenciada, nada de ousadia. Afinal, os ponteiros dos relógios não pararam. Na verdade, nessas situações, parecem até andar mais rápido que o normal. O tempo voa. E a gráfica precisa começar a imprimir o jornal.
Mas vale muita à pena atrasar um pouco o fechamento da capa para chegar que o leitor possa pegar seu jornal logo cedo e ver que a espera foi dourada.
PS. O Estado de S. Paulo e a Folha de S. Paulo imprimiram duas capas, o chamado segundo clichê. Uma sem e outra com o prêmio de Fernanda Torres no Globo de Ouro.
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