A PÁGINA PUBLICADA
A vida de um diagramador não é nada fácil.
Muitas vezes, tem de se pegar uma página e fazer milagres. Em certas ocasiões, a gente até consegue o tal milagre. Mas aí vem o editor (que não crê em milagres) e bota tudo a perder. Normalmente, porque ele (editor) não está disposto a cortar texto, ainda que o texto esteja extremamente grande.
Essa página representa bem isso.
A matéria falava sobre o bairrismo dos santistas.
O texto era gigantesco, mas tínhamos boas fotos para explorar.
Fiz uma página como a editora me pediu, com uma foto grande e 4 carinhas (que nem do mesmo tamanho ficaram).
Aquilo me incomodava. Estava uma página feia, pesada, sem graça.
Então, fui em busca de outra saída. Utilizei a mesma foto, que acanhada no primeiro modelo, ganhou proporções gigantescas, cobrindo a página inteira. Descartei as carinhas. Optei por uma foto um pouco mais poética, de duas pessoas sentadas no emissário (poderia ser até mesmo outra imagem). E reduzi os textos. Ah, os textos foram bastante reduzidos.
Eu acho que o resultado ficou 100% melhor do que o publicado, mas disse no início do post, a editora botou tudo a perder, pois não estava com a mínima disposição para enxugar os textos.
O resultado: uma página feia, pesada, até ridícula, por ser (ou, pelo menos, deveria ter sido) uma página especial.
A PÁGINA NÃO PUBLICADA
Sérgio, no meu primeiro acesso ao seu blog, tive a sensação de que ele é um porta-voz dos diagramadores, ou de quem já foi diagramador um dia. Parabéns pelo resultado do seu trabalho, pela força de vontade e pelo grito de independência que tantos não puderam dar. Sucesso, sempre! Tenha um ótimo 2011!
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