Ideias parecidas

Quando o editor-executivo de A Tribuna me comunicou que o jornal publicaria uma série especial sobre crimes, me foi pedido para pensar em um selo de abertura para as matérias. Tive algumas ideias (já postei aqui há algumas semanas atrás), dentre elas, o contorno de um corpo no chão (como faz pessoal da perícia policial. Pelo menos nos filmes é assim), com manchas de sangue e um ponto de interrogação no centro, pois ainda não havia um nome para a série e, o que estava mais próximo era 'Crimes sem Solução'. Eu havia pensado ainda em colocar aquelas faixas amarelas que vem escrito 'Police. Do not across', mas achei melhor não usar, afinal, era apenas um selo, com não mais do que 5 centímetros d largura. Era muita informação para pouco espaço.

Então, fiz esse esboço, que não foi usado porque o nome da série ficou sendo o outro e, nem todas as reportagens teriam sangue ou morte.



Bom, hoje, fuçando aqui a internet, achei essa capa da revista Mundo Estranho de janeiro de 2008. A reportagem era sobre Crimes sem solução, e a ideia dos caras foi bastate parecida com a minha. Eles usaram a faixa e não o ponto de interrogação.
Ficou bem legal, muito bem acabada e bastante criativa.



Há assuntos que acabam levando os diagramadores e designers para um mesmo caminho. O que os diferencia são detalhes de elementos usados, composição, acabamento. Isso que é o legal dessa profissão. Você faz algo e vê que outros tiveram a mesma ideia, mas a executaram de outra forma. Então, você vê que há inúmeras possibilidades. Basta usar a caixola cerebral.