Se vira!
Alusão ao termo que os editores normalmente dizem aos diagramadores quando querem fechar uma página com muito texto, pouca imagem e nenhum recurso. E ainda assim querem uma página bonita. Se vira!
sábado, 7 de maio de 2011
Capas das revistas semanais
Osama Bin Laden domina as capas das 3 principais revistas semanais de informação do País. Por isso sou fã do pessoal da arte da Época. A capa, diferenciada, se destaca e transforma as outras em simples registros da morte de Bin Laden.
A capa da Época ficou bonita mesmo. No entanto, ao optar pela linguagem simbólica, a revista acaba deixando transparecer sua falta de experiência e despreparo. Por se tratar de um tema internacional (e atente-se ao fato de que isso é uma editoria), é sempre um risco trabalhar com a linguagem simbólica: pode soar pretensioso. E o motivo é simples, Época é uma revista brasileira, nem sequer é a mais vendida do país. Grandes revistas devem ter senso de proporção. A própria Economist optou por uma capa mais sóbria, com a imagem do terrorista pontilhada por cenas diversas ligadas ao terror. Newsweek idem, optou por opção mais simples. Apenas a Time se sentiu apta a fazer uma capa genuinamente simbólica, e não sem razão - é única com cacife mesmo, por ser a maior dos EUA. A capa de Istoé é simplesmente um horror, assim como a revista em si. Não devemos nem dar atenção à essa revista, que caminha para extinção. Já a de Veja sem dúvida é um trabalho digno de uma revista que ombreia com as grandes do mundo: um trabalho interessante de desconstrução da imagem, denotando movimento (a imagem de Osama parece se esfacelar em tempo real) e subliminarmente fazendo menção ao destino do corpo no fundo do mar. E por fim, o branco do fundo surgindo a indicar que o desaparecimento do terrorista enseja uma era de paz. Eis um genuíno trabalho de gênio! A capa de Época foi apenas a solução fácil, atrapalhada e sem noção de sua contextualização no mundo.
Só acreditei depois da declaração da Al-Qaeda. Bela capa da Época.
ResponderExcluirA capa da Época ficou bonita mesmo. No entanto, ao optar pela linguagem simbólica, a revista acaba deixando transparecer sua falta de experiência e despreparo. Por se tratar de um tema internacional (e atente-se ao fato de que isso é uma editoria), é sempre um risco trabalhar com a linguagem simbólica: pode soar pretensioso. E o motivo é simples, Época é uma revista brasileira, nem sequer é a mais vendida do país. Grandes revistas devem ter senso de proporção. A própria Economist optou por uma capa mais sóbria, com a imagem do terrorista pontilhada por cenas diversas ligadas ao terror. Newsweek idem, optou por opção mais simples. Apenas a Time se sentiu apta a fazer uma capa genuinamente simbólica, e não sem razão - é única com cacife mesmo, por ser a maior dos EUA. A capa de Istoé é simplesmente um horror, assim como a revista em si. Não devemos nem dar atenção à essa revista, que caminha para extinção. Já a de Veja sem dúvida é um trabalho digno de uma revista que ombreia com as grandes do mundo: um trabalho interessante de desconstrução da imagem, denotando movimento (a imagem de Osama parece se esfacelar em tempo real) e subliminarmente fazendo menção ao destino do corpo no fundo do mar. E por fim, o branco do fundo surgindo a indicar que o desaparecimento do terrorista enseja uma era de paz. Eis um genuíno trabalho de gênio! A capa de Época foi apenas a solução fácil, atrapalhada e sem noção de sua contextualização no mundo.
ResponderExcluirqual e o defeito da Época?Pq eu particulamente adorei incluindo a indagação sobre o fim ou não da AlQaeda
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