Na Argentina, a Câmara dos Deputados aprovou nesta semana o projeto que declara de interesse público o papel de jornal, cuja única fábrica tem a participação do Estado mas é controlada pelos jornais La Nación e Clarín, em conflito com a presidente Cristina Kirchner.
O projeto busca "assegurar para a indústria nacional a fabricação, comercialização e distribuição regular e confiável da pasta de celulose para o papel de jornal", tanto a pessoas físicas como jurídicas com domicílio no país.
O texto estabelece critérios de preços, comercialização e produção para atender à demanda interna dos jornais, através de um aparato regulatório a cargo do ministério da Economia.
Bom, legislando em causa própria ou não, a maneira como o Clarín encontrou para se posicionar foi muito bem sacada. Uma capa que chama a atenção do leitor e faz com que, no mínimo, a pessoa que estiver passando pela banca de jornais pare para dar uma olhadinha.
Esse é o papel do diagramador, do designer, do editor de arte.
Criar páginas que despertem o interesse do leitor, que chamem a atenção, que façam com que a pessoa tenha vontade, curiosidade de ler, de olhar, de pegar o jornal.
Uma capa para entrar na história pelo seu grafismo. Deixando claro que estou falando somente da questão visual, e não editorial.
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