Mas, enquanto 2012 não chega, resolvi fazer uma breve retrospectiva das páginas que criei este ano. Vamos a elas.
SÉRIE CRIMES SEM PERDÃO.
Um dos primeiros desafios que tive no ano foi criar o layout para a série de reportagens policiais chamada Crimes sem Perdão. A ideia foi fazer algo bem diferente e que caracteriza-se a série. Por isso, optei por colocar a página como se estivesse dentro de uma moldura, com uma borda preta 'respingada'.
O lance legal dessa série foi a oportunidade de trabalhar os títulos com outras fontes, procurando assim adequá-lo ao assunto da matéria.
Outra característica dessa série foi o impacto visual. A intenção foi usar, com moderação, recursos para impressionar o leitor. Com isso, quando o assunto era um crime bárbaro, apliquei manchas de sangue na página. Quando o assunto falava de tiros ou facadas, apliquei marcas como se a página tivesse sido alvejada ou rasgada.
Algumas páginas, confesso, não tiveram o resultado que eu esperava. Ou ficaram impactantes de mais ou ficaram 'banais' de mais. Mas, no total, gostei muito do resultado da série, que fora idealizada pelo repórter policial Eduardo Veloso em parceria com o então editor-executivo Dario Palhares.
CIÊNCIA.
As páginas de Ciência sempre me possibilitaram tentar criar algo diferente, legal, interessante. Sempre foi um ótimo trabalho e um desafio. A cada semana, a ideia de melhorar, de superar a edição anterior.
Em 2012, em razão das atribuições como chefe, tenho a impressão de ter deixado o Ciência meio de lado, por isso, meu pedido de desculpas ao editor e amigo Marcus Fernandes.
Mas, ainda assim, deu para fazer coisas legais.
ESPORTES.
Na editoria de Esportes, quase não fiz páginas. Apenas fiquei na orientação, na correção, nos ajustes dos detalhes.
Mas ainda assim, alguns trabalhos ficaram bem legais. A página dupla sobre a temporada do mundial de Fórmula-1 foi um deles. A confecção dessa página foi algo bem próximo do ideal para se trabalhar no jornal. Eu criei o layout, delimitei os espaços de texto, fotos e ilustrações e o repórter, Paulo Rogério, escreveu o texto de acordo com o tamanho que eu tinha estabelecido. Isso funciona muito bem, pois o layout é preservado, não necessitando de alterações ou ajustes.
O caderno especial sobre o Santos, campeão paulista, também ficou do meu agrado. Criei o layout desse caderno uma semana antes da final. Com isso, no dia do jogo, já tinhamos a 'cara' do suplemento, que na minha opinião, ficou muito bom, diferente do que estávamos acostumados a fazer.
Teve também a série sobre o centenário do Santos F.C, que ficou bem legal.
GALERIA.
Assim como na editoria de Esportes, quase não meti a mão no Galeria, o caderno de cultura de A Tribuna.
Mas uma página que fiz e que gostei muito foi a do resultado do Oscar 2011. Isso porque a ideia foi criar algo diferente do habitual, e conseguimos. Ao invés de publicarmos a tabela com todos os vencedores, optei por colocar esses nomes dentro de um envelope, como são anunciados os ganhadores. Esse envelope foi aplicado em cima da página, como se tivesse sido jogado, ficando sobre as fotos. Ficou muito legal.
BAIXADA SANTISTA.
A editoria de Baixada Santista foi um grande desafio. Tentar criar páginas legais, bonitas, interessantes ao leitor, com forte apelo visual, mas sem fugir do padrão gráfico, sem descaracterizar o jornal.
Foram muitas páginas legais. Como sempre, algumas acho que acertei em cheio. Em outras, errei. Mas, na média, o resultado foi muito bom.
Algumas deram trabalho. Testes foram feitos. Fundos aplicados. Tudo para deixar o jornal bonito, para valorizar a reportagem, para tentar criar o casamento ideal entre texto e visual. O grande lance nessas páginas é o cuidado para não exagerar, para não chocar.
Destaco aqui algumas páginas, como a das Sereias da Vila (as jogadoras da equipe de futebol feminino do Santos), Vivendo Apaixonadamente (sobre um maestro que supera as dificuldades da vida ao lado da mulher amada), ou a página sobre a Força Tarefa do Guarujá que busca dar dignidade aos moradores de rua da cidade. A repórter Simone Queiros acompanhou um dia de trabalho dessa equipe, e a gente, procurou detalhar ao leitor como foram essas horas.
Outras tantas me deram um imenso prazer de ter feito, algumas delas, estão aqui.
PRIMEIRA PÁGINA
Desenhar a primeira página é o maior desafio. Afinal, é ela quem vai ficar exposta nas bancas, é por ela que os leitores começam a ler o jornal. Se ela não estiver interessante, perde leitor. Se ela não estiver bonita, perde leitor. Se ela não estiver atraente, perde leitor.
Por isso, a responsabilidade é bastante grande. Colocar em uma única página o que há de melhor na edição do dia e ainda ter a obrigação de fazer bonito, não é fácil.
Nas capas de A Tribuna sempre tento fazer o melhor. Procuro ousar, fugir do tradicional, do habitual. E isso, dificulta bastante o trabalho. Afinal, quando se quer ousar, o risco de errar aumenta. A possibilidade de atirar para um lado e acertar no outro é muito grande.
Em 2011, fiz muitas capas legais. Na maioria das vezes, acertei. Também cometi alguns erros, mas nenhum tão significativo (graças a Deus).
Dentre as capas que fiz, destaco a página da final da Libertadores, quando estava pintando a terceira estrela do Santos e eu, transformei uma ilustração do Padron que seria apenas um detalhe, na imagem principal do layout.
A página com o Santos campeão da Libertadores também ficou bem legal, ainda que a minha ideia fosse usar somente o distintivo do time, fotografado de uma camisa, sem a foto do Neymar por cima.
Outras tantas me deram muito prazer em fazer. Foram trabalhosas. Mas valeu a pena, principalmente pela parceria com o editor de primeira página Mario Jorge.
Procurei usar infografia nas capas, ainda que esse recurso não seja tão habitual no dia a dia da primeira página de A Tribuna.
Com isso, encerro aqui essa breve retrospectiva. Agradeço aos leitores do blog, aos seguidores e aos colegas da Redação, principalmente aqueles que me proporcionaram fazer páginas legais.
A todos um feliz Ano Novo e que em 2012, muitas páginas legais a gente possa produzir para postar aqui.
Felicidades a todos.
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