sábado, 7 de janeiro de 2012

Template não é camisa de força

Sou totalmente a favor do uso de templates no dia a dia do jornal. Para quem não sabe, templates são páginas pré-prontas, pré-diagramadas, que servem para agilizar o trabalho na redação.
A vantagem do template é que o editor escolhe o modelo que mais se adequa ao material editorial que ele possui e, caso seja necessário, são feitos pequenos ajustes pelo diagramador. Com isso, o trabalho fica muito mais ágil. Não há a necessidade do editor esperar o diagramador criar a página.
E para o diagramador também é vantajoso. Ele ganha tempo para elaborar páginas mais trabalhadas, enquanto as mais simples, mais usuais, são feitas a partir dos templates.
Uma das críticas nas redações ao uso dos templates é de que o jornal fica todo dia igual, as páginas têm sempre a mesma cara, o mesmo layout.
Isso não é verdade. Isso só ocorre se não existir modelos suficientes e diferentes de templates, ou se o editor, sempre usar o mesmo layout.Caso contrário, a diversidade de páginas fará com que a edição fique mais agradável, mais organizada.

Resolvi falar um pouco sobre o uso de templates porque estou tentando adotar essa filosofia no jornal e, porque tive um bom exemplo do mau uso desse recurso. Reparem nas edições de ontem e de hoje (sexta e sábado) do Jornal da Cidade, de Bauru, interior de São Paulo.
Foi usado o mesmo template para criar o layout da primeira página. As duas capas são idênticas. O que muda é a manchete (em uma e em duas linhas) e o tamanho das fotos. Mas a essência é o mesmo desenho, o mesmo layout.
Eu, particularmente, não gosto disso. Acho usar templates não signifique que o jornal tenha de ser igual todos os dias, principalmente na primeira página, que é o carro-chefe de uma publicação.
Template não pode engessar o laytou, afinal, o template não é uma camisa de força.


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