segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Rubens Paiva
Em janeiro de 1971, o ex-deputado santista Rubens Paiva era levado de sua casa no Rio de Janeiro para uma unidade do DOI-Codi (órgão de repressão da ditadura), para desde então, ser dado como desaparecido. Possivelmente, o ex-deputado morrera por causa dos ferimentos causados durante sessões de tortura (o que foi testemunhado anos depois por um médico do exército que na época, atuava no DOI-Codi). Por décadas, ele assim foi tratado, como desaparecido.
Agora, a Comissão Nacional da Verdade diz que não há dúvidas de que Rubens Paiva foi morto pelos militares e que divulgará texto revelando o que aconteceu com o ex-deputado.
Para diagramar essa página, eu resisti à tentação de aplicar fundos de papel amarelado para dar ideia de passado ou bordas pretas, normalmente aplicadas quando o assunto é violência, tortura, ditadura militar.
Procurei deixar o fundo branco para dar leveza ao layout.
As imagens que tínhamos para compor a página eram antigas, de arquivo da família do ex-deputado, com baixa qualidade. Ainda assim, procurei explorar essas fotos, mesmo que não viessem a ficar tão boas na impressão. Para criar uma relação maior com o passado, apliquei uma borda amarelada nas fotos da matéria de abertura e, para destacar as legendas, usei um fundo na mesma cor da borda.
Na tentativa de deixar a página mais atraente, fiz uso de uma fonte 'militar' para o título, casando totalmente com a linha editorial do layout.
Para finalizar, resolvi dar uma 'organizada' no texto. Para isso, posicionei todos os textos que contam a história do ex-deputado no canto esquerdo da página e, no canto direito, de alto a baixo, a entrevista com a filha de Rubens Paiva. Para separar esses dois blocos, usei um espaço maior na colunagem, deixando um branco que serve, além de separação, de respiro para a página.
Em tempo: essa bela matéria foi escrita pelo repórter Leonardo Costas.
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