Aos 95 anos, morreu Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo. que teve forte atuação no combate à repressão durante a ditadura militar e na luta pelos direitos humanos.
Foi o criador a Comissão Justiça e Paz de São Paulo e, como presidente regional da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), liderou a publicação do “Testemunho de paz”, documento com fortes críticas ao regime militar que ganhou ampla repercussão à época.
Presidiu celebrações históricas na Catedral da Sé, no Centro de São Paulo, em memória de vítimas da ditadura militar. Dentre eles, do estudante universitário Alexandre Vannucchi Leme, assassinado em 1973, e o ato ecumênico em honra do jornalista Vladimir Herzog, assassinado no DOI-CODI, em São Paulo, em 75.
Foi também criador da Pastoral da Criança, ao lado da irmã Zilda Arns.
Os jornais brasileiros destacaram em suas capas a morte de Dom Paulo.
A Folha de São Paulo com o tradicional título que todos já sabiam. Em A Tribuna, justamente para fugir dessa obviedade, pois ele morreu na manhã do dia anterior e quando o jornal chegasse às bancas todos já sabia a notícia, optei por escolher uma frase de autoria dele. Essa frase, está no prefácio do livro Brasil, Nunca Mais, obra que relata os difíceis e horrosos tempos da ditadura militar no País.
Abaixo, as capas de hoje dos jornais brasileiros.
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