domingo, 9 de julho de 2017

9 de julho e os cartazes da revolução



9 de julho é comemorado o início da Revolução Constitucionalista de 1932, também chamada Guerra Paulista, movimento armado que aconteceu no estado de São Paulo, dentro julho e outubro de 32, cujo objetivo era derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas.

E neste domingo, em A Tribuna, a série Era Uma Vez Santos..., de Sergio Williams, relembra a participação dos santistas nesse importante momento da história, não apenas do estado de São Paulo, mas do Brasil.




Para compor o layout, a ideia foi usar o tradicional e tão conhecido cartaz criado para conseguir o apoio da população paulista, com mensagens fortes e diretas. Utilizado o soldado como tema principal da página, aumentei o que seria a farda dele e nela, apliquei os textos e fotos de santistas que participaram do combate.



Procurei uma tipologia parecida com a usada no cartaz. E o título da matéria, remete aos dizeres no cartaz original, mostrando que seguindo o 'Você tem um dever a cumprir', esse dever foi cumprido pelos santistas.

Além desse tradicional cartaz, outros foram criados com a mesma finalidade de cativar os paulistas para a causa. Esses cartazes foram a primeira grande manifestação da propaganda política e de gurra no Brasil. Criados pelo departamento de propaganda do M.M.D.C (sigla do movimento revolucionário paulista com as iniciais de 4 manifestantes paulistas mortos pelas tropas federais  - Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo - durante confronto ocorrido em 23 de maio de 32, originando a revolução.

Esses dois cartazes abaixo eram utilizados para o alistamento, sempre exibindo as bandeiras de São Paulo e do Brasil. No segundo, os soldados têm o mesmo rosto, mostrando claramente o intuito de abrir mão da individualidade pela causa coletiva.



Foi criado também uma versão feminina do soldado constitucionalista. Nesse caso, uma enfermeira, com a mão espalmada no peito e o dedo em riste, representa a mulher paulista.


Houve ainda um pequeno cartaz que era oferecido às famílias dos voluntários que participavam do movimento. Esses cartazetes, normalmente, eram nominais e assinados no posto de alistamento, e ficavam expostos nas paredes das casas com orgulho pelos familiares.


Outro elemento importante utilizado em um dos cartazes é a figura do Bandeirante, junto com a frase 'SUSTENTAE O FOGO QUE A VICTÓRIA É NOSSA',  que já havia sido usada em 1865 pelo Almirante Barroso durante a Batalha Naval do Riachuelo, durante a Guerra do Paraguai.


A Associação Comercial de São Paulo também participou do movimento produzindo o cartaz a Campanha do Ouro, onde uma anônima mão feminina é retratada sacrificando a riqueza pessoal em prol da causa revolucionária.


Com informações de Ricardo Della Rosa,  do canal do youtube Passado Presente.

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