O Porto de Santos comemorou ontem, 2 de fevereiro, 129 anos.
O maior complexo portuário da América Latina e o mais importante do Brasil, é de suma relevância para a economia da Baixada Santista, gerando empregos e movimentando mais de 25% da balança comercial brasileira.
Em A Tribuna, Porto e Mar é uma das principais editorias do jornal, com reportagens históricas e grandes jornalistas que por ela passaram, sendo um dos carros-chefe da empresa.
Todos os anos, A Tribuna publica o especial de aniversário do porto.
Na edição deste ano, buscando um visual mais leve, optei por algo diferente. Aplicar uma máscara nas fotos para dar uma abstrata ideia de água esparramada, respingada. Algo um pouco conceitual e disforme, para tirar a dureza dos tradicionais frames de fotos. Essa ideia foi aprovada pelos editores Lyne Santos, autora dos textos, e Leopoldo Figueiredo. Espaços em branco também fizeram parte do layout.
Abaixo, algumas das páginas do especial de aniversário desse gigante santista.
Agora, algumas das capas confeccionadas em anos anteriores para os aniversários do Porto de Santos em A Tribuna.
Por essas capas e possível notar a evolução do padrão gráfico do jornal, procurando a cada novo projeto uma leveza maior no layout. Nos primeiros, do começo dos anos 2000, o nome da editoria era aplicado na vertical sobre uma grossa tarja em um tom laranja pastel que identificava o caderno. A combinação de cores, que na época parecia correta, hoje não funcionaria. Além do laranja da tarja, foi usado no título um azul mais claro e no subtítulo, um azul mais escuro, além de um fio vermelho separando a tarja vertical da horizontal.
Além disso, a palavra especial, que indica ser este um suplemento extra, ou era aplicada no titulo ou na barra vertical, espremida e escondida abaixo do nome da editoria.
Em 2008, essa tarja passou para o alto da editoria, ganhando mais visibilidade e uma nova cor, indo para um bege neutro, não tão chocante, com um fio um pouco mais fino descendo verticalmente pelo lado direito da página. A fonte do título 'engordou', ficando mais forte e marcante.
Em um terceiro layout, em 2010, a tarja perdeu o fundo, virando uma barra bege com o fundo branco, muito mais clean e elegante, e o fio vertical também diminuiu, não mais descendo até o final da página. Neste ano, passamos a utilizar vetores como cabeças de páginas para ilustrar e criar a identidade especial do caderno.
Em 2013 uma inovação gráfica. Capa aberta, abrangendo a primeira e a última página do especial. Algo nada fora do comum, mas até então, inexistente nas configurações de páginas de A Tribuna.
Em 2014, repetimos a ideia da capa aberta, mas deixamos o layout mais leve ainda, substituindo o uso da tarja horizontal na cabeça da página por uma caixa retângulo no alto do template. Esse modelo foi usado por quatro anos.
Em 2018, mais um salto para deixar o layout cada vez mais clean, seguindo a linha do menos é mais, do simples mas eficiente.
Abortamos qualquer uso de tarjas, barras, fios. Optamos pela simplicidade. A foto pôster com o título e texto dentro. Somente isso e nada mais do que isso. Um visual claro e direto. Sem interferências gráficas e poluição visual.
Agora, em 2021, essa linha foi seguida, com a diferença, como dito antes, da máscara aplicada na foto para dar a ideia de respingo de água.
Uma curiosidade: em todas essas edições mostradas acima, a foto da capa foi sempre do lendário repórter-fotográfico Carlos Nogueira, principal referência da Baixada Santos e do País, quando se fala em fotografia portuária de Santos.
As edições, usando um termo náutico, foram captaneadas por Leopoldo Figueiredo.
Na equipe de diagramadores desses cadernos aparecem Fernando Cláudio Peel, Jordan Fraiberg, Daniel Nakajima, Fernanda Leomil, Aline Rolnik, Cacilda Grela, Carolina Mesquita, Emerson Chaves e eu, Luiz Sérgio Moura.
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