Os jornais hoje estamparam em suas capas a notícia da prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, ocorrida em Santos, pela Polícia Federal.
Acusado de corrupção no MEC, ninguém tinha foto do ex-ministro sendo preso.
E aí? Qual a saída?
Recorrer a uma foto de arquivo.
Foi o que a maioria fez.
Mas três jornais foram um pouco além.
Em A Tribuna, a gente tinha três imagens para a capa. Um frame de um vídeo do ex-ministro sendo preso (mas com péssima qualidade que ficaria um borrão na página), uma foto da desembargadora agredida pelo colega de trabalho e, uma do jogo do Santos.
Como o frame ficaria muito ruim, optamos por uma imagem do rosto de Milton Ribeiro. Com isso, pensei em verticalizar bem essas imagens, pegando mais da metade da página. E buscando uma similaridade, ousamos também, colocar a foto do jogo seguindo a mesma linha.
Três carões, deixando a do ex-ministro levemente maior que as outras, para hierarquizar as notícias na página.
Outros dois jornais que conseguiram fugir do óbvio foram o carioca Extra e o mineiro Estado de Minas.
Ambos seguiram a linha da fogueira em que o presidente Jair Bolsonaro se meteu ao declarar, em março deste ano, que botava sua mão no fogo pelo ex-ministro, defendendo-o das suspeitas de corrupção.
Visualmente, a ideia e a execução do Estado de Minas foram perfeitas.
O Extra, seguindo sua linha mais popular, trabalhou com as frases do presidente em balões de fala como se fosse um gibi. Ótima solução.
Nenhum comentário:
Postar um comentário