A primeira vez a gente nunca esquece

Como diz o título do post, ainda no clima de título do Palmeiras na Libertadores, vamos relembrar a primeira vez do verdão.

Foi em um 16 de junho do ano 1999 que o Palmeiras, jogando em casa, venceu nos pênaltis o colombiano Deportivo Cali e ingressou no rol dos clubes brasileiros que ganhavam a tão cobiçada taça da Libertadores. 

Para os saudosistas, o elenco do Palmeiras no jogo: Marcos; Arce (Evair), Júnior Baiano, Roque Júnior e Júnior; César Sampaio, Rogério, Zinho e Alex (Euller); Paulo Nunes e Oséas. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Mas como o assunto aqui é jornal, diagramação, design, vamos ás páginas dos jornais paulistas Estadão e Folha, com a ampla cobertura da final. Um trabalho de fôlego no dia seguinte, em 17 de junho de 1999. Aquilo que todo o apaixonado por futebol que ler no jornal: como foi o jogo, a análise dos especialistas, as falas dos jogadores, as fichas técnicas da partida, avaliações e números. 

Tanto Folha como Estadão fizeram o dever de casa. Fizeram tudo certinho, como tinha de ser. Mas o curioso é ver que hoje, com o segundo título do Palmeiras, os jornais não fizeram nem metade do que foi feito em 1999.  Marcas de um novo tempo, de um tempo digital.

28 de janeiro de 2013. As capas enlutadas pelo incêndio na boate Kiss.

No dia 28 de janeiro de 2013, o jornais brasileiros chegavam às bancas enlutados. 

Na noite anterior, em Santa Maria, RS,   245 jovens perderam  a vida no incêndio da boate Kiss.

SE VIRA design relembra algumas dessas tristes mas históricas primeiras páginas, que além da dor e da tristeza estampadas em seus layouts, mostra como é difícil o trabalho dos capistas de jornal. Fazer uma primeira página bonita, informativa, tocante, mas que não ultrapasse os limites do bom senso e do respeito aos parentes e às vítimas.

Além das páginas postadas aqui, deixo o link para outras capas, não só do Brasil mas de todos os continentes, afinal, o mundo se comoveu com a dor dos brasileiros.

Um detalhe é observar que grande parte dos jornais postados não existem mais hoje em dia. Ou fecharam ou passaram a ser somente online.

Então, algumas das capas daquele triste 28 de janeiro de 2013.

E cliquem no link para a postagem do ano e ver muitas outras capas.

https://seviradesign.blogspot.com/2013/01/a-tragedia-de-santa-maria.html?m=1

24 de janeiro de 1989 - A morte do gênio Dalí.

24 de janeiro de 1989. 

Os jornais do mundo publicavam a notícia da morte do gênio Salvador Dalí, ocorrida no dia anterior, em Figueres, cidade onde nasceu na Espanha, aos 84 anos.

Aqui no Brasil, O Globo, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo vieram com páginas especiais, como tinha de ser. Nas capas, nada de mais. Nada a altura do pintor surrealista. Chamadas normais. O Estadão ainda fez algo um pouco diferente, reproduzindo a capa do Caderno 2.

Nas páginas internas, o O Globo foi mais audacioso na capa do seu Segundo Caderno, usando do grafismo da caricatura do pintor feita por ele próprio em 1985 para marcar o início da cobertura. Uma diagramação mais leve e assimétrica, saindo do layout tradicional.

Folha e Estadão foram mais comedidos, não se arriscando na criação de layouts ou peças diferenciadas, apenas, como já citei, a capa do Caderno 2 de O Estado de S. Paulo.

NA ESPANHA

Saindo do Brasil vamos para a Espanha, terra de Salvador Dalí. 

Em um registro histórico, conseguimos as páginas dos jornais ABC, de Madri, e La Vanguardia, de Barcelona.

Primeiro, as capas de ambos, daquele 24 de janeiro de 1989.

Não é preciso comentários. Basta admirar e imaginar como foi para os leitores pegarem nas mãos essas capas, impressas, no papel. Deve ter sido um sentimento ímpar.

Agora, as páginas internas.

O ABC fez um magnífico caderno especial com tudo o que o leitor precisava, queria e tinha de saber sobre o pintor surrealista. Mesclando o conteúdo editorial com o vasto acervo fotográfico, o jornal teve a trabalhosa mas genial ideia de publicar uma breve antologia entre a gigante coleção de obras de Dalí, mostrando um pouquinho do que ele fez.

O La Vanguardia também não deixou por menos e em 10 páginas reverenciou o gênio das artes.

Apesar de um pouco longo, vou postar todas as páginas aqui, pois serve de registro histórico.

Primeiro o ABC e em seguida, o La Vanguardia. 

Espero que apreciem.