No dia 5 de fevereiro de 1997, os jornais brasileiros traziam em suas capas e em páginas internas, a morte do talvez "mais polêmico, mais cortejado e sem dúvida, o mais odiado jornalista brasileiro", segundo a 'orelha' do livro de Fernando Jorge, Vida e Obra do Plagiário Paulo Francis.
Franz Paul Trannin da Matta Heilborn, ou Paulo Francis, foi o um dos mais polêmicos jornalistas do País, além de crítico de teatro, diretor e escritor. Polêmico, dizem que era um dos mais cultos e inteligentes, e ao mesmo tempo, um dos mais antipáticos que já frequentou as redações jornalísticas.
Trabalhou nos principais jornais brasileiros, entre eles Diário Carioca, Última Hora, Tribuna da Imprensa, O Pasquim, Folha de S. Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo, além de aparecer diariamente nas telas da TV Globo, onde era comentarias de política internacional direto de Nova Iorque, e depois, no canal pago GNT apresentando o Manhattan Connection.
A importância de Paulo Francis para o jornalismo brasileiro pode ser mensurado pelas páginas publicadas pelos principais jornais brasileiros no dia após sua morte, em Nova Iorque, aos 66 anos, vítima de um ataque cardíaco.
Nas capas do jornal, a morte de Francis teve destaque não muito chamativo. O Globo e a Folha, optaram por chamadas com foto em 1 coluna, mas ao lado da manchete. O Estadão publicou a chamada abaixo da dobra, mas em duas colunas.
Já nas páginas internas, o carioca O Globo fez um grande trabalho. A começar pela capa do Segundo Caderno, com foto grande, carão, e manchete nas tradicionais letras garrafais.
O jornal destinou cinco páginas para contar a história e a vida de Francis, com depoimento de colegas e análise de críticos sobre seus comentários polêmicos.
Folha de S. Paulo publicou a notícia em duas páginas, com a tradicional coluna de frases de personalidades sobre Paulo Francis, a repercussão junto a autoridades, além de textos de Elio Gaspari e Matinas Suzuki Jr.
O Estadão seguiu a mesma linha da Folha, duas páginas também, com a mesma fórmula: frases de personalidades, repercussões e histórias da vida polêmica, Além de textos de Ruy Castro e Sérgio Augusto.
E para não ficarmos somente nos jornais do dia 5 de fevereiro de 1997, em contrapartida, posto aqui a capa e a contra capa do livro de Fernando Jorge, citado no início do post, mostrando, na visão dele, Fernando Jorge, e da ex-colegas, quem era, na verdade, Paulo Francis.