Angeli, um dos maiores nomes da ilustração brasileira, e mundial, anunciou que vai 'pendurar' o lápis, parar de desenhar, devido a problemas de saúde.
Trabalhando na Folha de S. Paulo por mais de 40 anos, recebeu uma bela homenagem daquela que foi sua casa durante tanto tempo. E na casa do vizinho concorrente também. O Estadão, tradicional rival da Folha, também prestou homenagem a Angeli, numa prova de que ele, Angeli, agrada a todos.
A começar pela capa do Ilustrada, com a fusão do cartunista e seus desenhos. Um arte maravilhosa e conceitual, que nos faz refletir sobre a carreira, sobre a vida, sobre a profissão, como se as ilustrações estivessem fundidas com a imaginação do autor.
O título não é um adeus, mas um até breve.
Outra grande sacada foi, além de contar a carreira de Angeli, revelar em duas páginas, quadrinhos inéditos do autor.
São quatro páginas que demonstram a gratidão e principalmente, a importância de Angeli para a história da ilustração e da charge no Brasil, com um humor sensível e crítico, que bateu de frente com a ditadura militar criando personagens que iam contra as tradições da época.
E o 'vizinho' Estadão também permitiu, ter em sua página, os personagens de Angeli, numa clara referência ao quão importante o cartunista é.