O cartaz apresenta uma figura estilizada e enigmática da personagem Maria em sua forma robótica, tendo destaque no centro da composição. Seu corpo metálico e simétrico evoca a estética das máquinas e do progresso industrial, elementos centrais da narrativa do filme. Ao fundo, a cidade de Metrópolis se ergue em linhas verticais monumentais, com arranha-céus que reforçam a atmosfera futurista e a influência do modernismo e do art déco no design da época.
E foi essa silhueta de cidade que procurei usar como referência principal na criação do layout. Prédios verticais, espigões de concreto, seguindo a paleta de cores do cartaz original, em tons preto, dourado e sépia. No caso, eu puxei mais para o amarelo e laranja, mas utilizei os contrates de luz e sombras, características do movimento artístico que influenciou não apenas o material gráfico, mas também o próprio filme: o expressionismo alemão.
Já na tipografia, não segui a linha do cartaz, pois ela dificultaria a leitura do título. No cartaz é utilizada uma fonte angular e geométrica, que acompanha o dinamismo das formas arquitetônicas presentes no fundo da imagem. As letras tendem a mostrar a relação entre o homem e a máquina, o que não era o caso dos textos de Ted Sartori.
Mais do que apenas um cartaz, essa peça de design tornou-se um símbolo visual do cinema expressionista e da ficção científica clássica. Sua composição é uma obra de arte atemporal que ainda hoje influencia o design gráfico e a estética cinematográfica.
E me influenciou.