Se vira! Alusão ao termo que os editores normalmente dizem aos diagramadores quando querem fechar uma página com muito texto, pouca imagem e nenhum recurso. E ainda assim querem uma página bonita. Se vira!
A fotógrafa Amanda Jones dedicou 20 anos para realizar um fantástico projeto. Fotografar a vida dos cachorros, ou melhor a vida passando, o envelhecimento.
Nas imagens PBs, é visível as mudanças no olhar dos cães, no pelo, na próprio semblante. A idade chega, inclusive para os bichinhos.
O maior tenor da história da ópera solta a voz nas páginas do espanhol Lá Razón.
Em entrevista especial de sábado, Plácido Domingo, que completa 80 anos fala sobre a emoção de voltar a cantar depois de cinco meses afastado dos palcos e a ideia de apagar as histórias de assédioe e abusos que pairam sobre ele.
Nas três páginas da entrevista, um layout bem organizado e limpo. Nada extravagante. Uma diagramação cristalina como a potente voz do tenor.
O interessante desse modelo de texto é que não são puladas linhas entre uma pergunta e outra, algo que tem a finalidade de, 'dar respiro' para o texto, arejar o bloco editorial, muito comum nesse tipo de matéria.
Um tipo de layout que me agrada bastante. Simples e eficiente.
Uma típica entrevista de um jornal dominical, mas em um sábado.
Apesar do meu entendimento da língua espanhola ser limitado, apreciei a entrevista, ainda mais sendo com o maior tenor da história. Sim, gosto de ópera. Comprei vários CDs para minha mães, mas eu mesmo era quem mais os ouvia. Mas Placido Domingo não canta apenas óperas ou árias. Música popular italiana e de todo o planeta fazem parte do seu repertório.
Ah, e não sou em quem diz ser Placido Domingo o maior da história. Foi uma pesquisa realizada pela BBC com maestros, arranjadores, produtores, músicos, compositores e outros tenores.
Em 15 de janeiro de 1985, o Brasil conhecia o primeiro presidente civil após 21 anos de ditadura militar. Era o mineiro Tancredo Neves, do PMDB, que foi escolhido pelo Colégio Eleitoral (as eleições diretas ainda não haviam sido readquiridas) derrotando o deputado paulista do PDS Paulo Maluf.
A eleição de Tancredo, ainda que indireta, marcou o fim de quase 21 anos de regime militar no País, retomando o caminho da democracia no Brasil.
Como o assunto deste blog é jornais e revistas, vamos a eles, os jornais do dia 16 de janeiro de 1985.
Folha de S.Paulo dedicou toda a sua capa ao tema, imprimindo em 3 linhas de título o fim do ciclo militar. Um título desses pada os padrões gráficos dos jornais atuais é impensável. No máximo duas linhas. Ou 1 linha com letras garrafais.
Além disso, o editorial também foi publicado na primeira página, deixando claro a posição do jornal aos leitores.
Esse recurso, de publicar um editorial na primeira página, é uma opção acertada quando um veículo não esconde seus ideais, deixando clara aos leitores a posição do jornal.
O carioca O Globo mostrou o placar da votação: 480 x 180, compondo com uma frase de Tancredo sua capa do dia.
O curioso é que a manchete principal vem abaixo de duas manchetes secundárias.
Já o Estado de S. Paulo também manchetou uma frase de Tancredo como título da capa e reservou, metade dela, para o discurso do presidente eleito. E colocou, como marca d'água, o placar da votação como um recurso visual e funcional, informando ao leitor quantos foram os votos para cada um.
A notícia da eleição de Tancredo em outros jornais do Brasil e até em Portugal.
As primeiras páginas de hoje dos jornais brasileiros tendo como destaque em comum a crise do oxigênio em Manaus e o embate em torno da vacina contra o coronavírus.
