segunda-feira, 14 de março de 2011

Ser diferente

Quando se fala em terremoto, há sempre duas ideias que vêem às cabeças dos digramadores, diretores ou editores de arte: a primeira é o uso de uma imagem impactante da destruição, de um foto impressionante que vá prender a atenção e o olhar do leitor. A segunda, a utilização de uma rachadura para dar a impressão de que o terremoto abalou também a página.
A primeira ideia acaba sendo a mais usual, afinal, é menos trabalhosa, o risco de dar errado é bem menor e o impacto que vai causar no leitor é bem maior.
A segunda ideia é pouco utilizada. Mas quando usada de forma certa e por ser algo conceitual, acaba se tornando uma arte, como esses dois exemplos abaixo: um do Diário de S.Paulo e outro do O Dia, se não estou enganado, ambos de 2007.





Essa semana, como todos sabem, o Japão foi atingido por um forte terremoto que resultou em tsunamis. Postei algumas páginas aqui no blog. (ver posts anteriores).

E voltando a falar do uso de fotos ou rachaduras quando o assunto é terremoto, a tragédia no Japão permitiu que alguns fossem um pouco além e utilizassem um símbolo que quase todos, ao ver, lembram do país asiático: o círculo vermelho, símbolo da bandeira nipônica.

O jornal Diário do Comércio, de São Paulo, utilizou o círculo com a rachadura. Ficou legal, juntando com uma série do imagens. Apenas não achei muito interessante o título 'Tragédia de rachar'. sei lá, me pareceu meio banal.




Já a revista Época fez essa capa conceitual que eu achei fantástica, mas que acabou não sendo a aprovada. (A capa escolhida vc pode conferir no post sobre as capas das revistas semanais, mais abaixo no blog).




Esses dois exemplos provam que sempre dá para fazer algo diferente, basta parar e pensar um pouco..

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