O Oscar para o Brasil

 O filme brasileiro Ainda Estou Aqui conquistou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. 

Com certeza, foi um momento de tensão nas redações dia jornais impressos. Primeiro, pela torcida pelo filme. Segundo, pelo adiantado da hora. 

É preciso imprimir. A gráfica não pode ficar parada. Isso compromete todo o processo de impressão, distribuição, logística.

Assim, os jornais brasileiros optaram pelo menos é mais. Foto em destaque, título impactante e capa pronta. Nada de criações visuais, ousadias gráficas. O trivial é o mais acertado nessas horas.

Ainda assim, levando-se em conta que jornal impresso é um documento e, a conquista do Oscar é um fato histórico, alguns jornais exploraram em suas capas o feito brasileiro.

Em A Tribuna, mais da metade da primeira página foi destinada à conquista do Oscar, com a foto do diretor Walter Salles emoldurada por um fundo dourado, dando o devido destaque ao prêmio.

As primeiras capas do ano

 As capas dos jornais brasileiros deste primeiro de janeiro de 2025.

Depois de Silvio Santos, Alain De

 As capas de hoje dos jornais franceses com a morte do ator Alain Delon.

A maior da história sendo reverenciada

A ginasta Rebeca Andrade se tornou a esportista brasileira que mais medalhas conquistou em Jogos Olímpicos. No total, foram 6: Duas em Tóquio (ouro e prata) e quatro em Paris (ouro, duas pratas e uma de bronze). 

E como criar um layout para esse feito? É preciso dar a devida importância, afinal, ela fez história, ela entrou para a história.

Em A Tribuna procuramos ser um pouco diferente do que imaginamos o que os demais jornais fariam. Havia a foto de Rebeca sendo reverenciada por Simone Biles e Jordan Chiles, respectivamente medalhas de prata e bronze. Essa era a foto do dia. Ela é impactante e mostra o quão importante foi o feito da brasileira. Afinal, Biles é considerada a melhor ginasta da história e ainda assim, se curva para Rebeca.

Mas na composição da primeira página de A Tribuna, resolvemos contar um pouco de história de Rebeca aplicando as medalhas que ela conquistou no alto da página, compondo coma foto dela sorridente de alto a baixo, dando o merecido destaque à ginasta.

Como imaginávamos, a foto dela sendo reverenciada pelas norte-americanas seria usada por grande parte dos jornais brasileiros (veja abaixo as primeiras páginas de hoje). Mas como eu sempre digo, a gente não precisa fazer algo só porque os outros vão fazer. Nós somos nós. Os outros são os outros.