Já publiquei abaixo 2 posts sobre o fim do Jornal do Brasil.
Em termos de diagramação, a história nos conta que JB, assim como o Jornal da Tarde, marcou época, revolucionou o design editorial brasileiro. A diagramação do JB ousou, inventou, interagiu, mudou os rumos do design de jornais. Assim como o Jornal da Tarde. E quem estava por trás desses projetos: Amilcar de Castro. Eu sabia pouco sobre ele. No livro "Capas de Jornal: a Primeira Imagem e o Espaço Gráfico Visual", de Jose Ferreira Junior, ele é citado quase que em todos os capítulos, acabando por se tornar um referência. Procurando conhecer um pouco mais sobre ele, vi que não era um jornalista ou um diagramador. Era um artista plástico que se aventurou pelos caminhos do design gráfico e acabou se tornando o grande nome da diagramação, sendo, assim como já dito antes,o inovador criador dos projetos gráficos do JB e do JT.
abaixo, para quem estiver interessado, um pouco da história desse ícone do design de jornais.
Amílcar Augusto Pereira de Castro (Paraisópolis, 6 de junho de 1920 — Belo Horizonte, 21 de novembro de 2002) foi um escultor, artista plástico e designer gráfico brasileiro. Foi o introdutor da reforma gráfica do Jornal do Brasil nos anos 1950, que revolucionou o diagramação, e design de jornais como um todo, no Brasil.
Estabeleceu-se em Belo Horizonte em 1934 e formou-se em Direito na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1945.
Freqüentou a Escola Guignard entre 1944 e 1950, onde estudou desenho com Alberto da Veiga Guignard e escultura figurativa com Franz Weissmann. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1953, iniciando sua carreira de diagramador nas revistas Manchete e A Cigarra. Participou do Grupo Neoconcreto no Rio de Janeiro (1959-1961), e elaborou a reforma gráfica do Jornal do Brasil (1957/59). Durante os anos 60 fez a diagramação dos jornais Correio da Manhã, Última Hora, Estado de Minas, Jornal da Tarde e A Província do Pará, entre outros, além de ter trabalhado como diagramador de livros na Editora Vozes.
Após receber uma bolsa da Fundação Guggenheim e o Prêmio Viagem ao Exterior no XV Salão Nacional de Arte Moderna, em 1967, viajou para os Estados Unidos, fixando-se em Nova Jérsei. Em 1971 retornou a Belo Horizonte, dedicando-se a atividades artísticas e educacionais. Dirigiu a Fundação Escola Guignard (1974/77), onde ensinou expressão bidimensional e tridimensional. Foi professor de composição e escultura na EBA/UFMG (1979/90) e de escultura na FAOP (1979).
Amilcar de Castro é considerado pelos críticos e historiadores da arte um dos escultores construtivos mais representativos da arte brasileira contemporânea.
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