8 bolas de ouro nas capas.

 Messi conquistou pela oitava vez a Bola de Ouro como o melhor jogador do mundo. E esse feito estaria nas capas dos jornais brasileiros (afinal, dizem que ainda somos o País do futebol), dos argentinos e dos esportivos do mundo.

E isso aconteceu. 

Mas ganhar a Bola de Ouro pela oitava vez, não estimulou os capistas. Pelo menos não muitos. Mas foi foram um pouco além. Sem falsa modéstia, eu, em A Trjbuna, é o capista do esportivo espanhol Marca, conseguimos ir um pouco além dos demais.

As ideias foram parecidas. Repetir por oito vezes a imagem do troféu, no canto esquerdo da página.

Em A Tribuna a intenção foi criar um layout mais clean, minimalista, somente com os troféu, do alto até o fim da página, dando leveza e harmonia, sem a imagem do jogador.

O Marca optou por uma montagem do jogador segurando os oito troféus empilhados, o que me pareceu um tanto bizarro, algo como um equilibrista ou um carregador levando toda a mercadoria de uma vez só.

Outro que foi um pouco além nas nada fora do comum foi o Estado de Minas, que publicou as imagens de Messi nas oito conquistas. Algo normal.

De resto, tudo muito simples. Nada a altura do feito de Lionel Messi, nem mesmo os jornais argentinos.

Eleição é (quase) sempre igual

 Quando se tem eleição em algum canto do planeta é sempre igual. Ou quase sempre. Parece que os jornais seguem a regra inquebrável de colocar em suas capas as carinhas dos candidatos (ou pelo menos dos principais).

Isso acontece há tanto tempo que se tornou uma espécie de padrão visual para as publicações.

Eu tenho o orgulho de na última eleição ter conseguido publicar capas que fugiram dessa linha. No primeiro turno optei por colocar todos os rostos dos que foram presidente do Brasil margeando a página. No segundo, ainda que eu tenha seguido a linha de colocar is candidatos, a forma como isso feito, em um quebra-cabeças, muda totalmente o resultado final.

Mas como citei no início do texto, eleição é quase sempre igual. E hoje, na Argentina, não foi diferente. Caras, carinha e caretas. Fotos ou desenhos. Não importa o estilo. Nas primeiras páginas dos jornais, os candidatos estão lá. Menos no Clarín, que não precisou de fotos para mostrar a importância da eleição.

Capas da Briosa

 A Portuguesa Santista venceu a Copa Paulista 2023. É um grande feito para a Briosa, que com essa conquista, garantiu participação na Copa do Brasil do próximo ano.

Santos é uma cidade que vive esporte, respira futebol. E a Portuguesa Santista é um time que consegue atrair a simpatia de muitos torcedores dos outros clubes.

Pensando nisso, A Tribuna publicou, no dia do jogo e no seguinte, duas primeiras páginas especiais, em homenagem à Briosa, como é conhecida a Portuguesa Santista.

Na capa do dia, usei as cores da portuguesa para compor o layout. O verde é o vermelho foram aplicados em faixas horizontais onde, além da chamada do jogo, foram aplicadas as outras notícias daquele sábado.

Esse grafismo visual deixou a página bom um ar descontraído, moderno, que além de destacar a partida de futebol não deixou de fora a informação dos outros assuntos.

Já a capa de domingo, dia seguinte à conquista da taça, foi toda dedicada à Portuguesa.

A ideia era trabalhar, de forma minimalista, os vários elementos relacionados clube, como o escudo da equipe, as cores do time e a festa dos jogadores.

Então, seguindo a sugestão do diretor de conteúdo do grupo, Alexandre Lopes, a foto dos jogadores com a taça conquistada foi aplicada no interior do escudo do time, grande, abrangendo toda a área da capa.

Para dar mais um ingrediente ao layout, as cores da Portuguesa foram dominantes na página. E para finalizar, a mascote da equipe foi aplicada no alto da página, invadindo o logo do jornal, dando um ar de descontração ao leve e clean modelo de capa.

O agradecimento

 Em Israel, o agradecimento ao apoio dos Estados Unidos contra o  Hamas na guerra na Faixa de Gaza.

The Jerusalem Post agradece explicitamente em sua capa através de uma arte bem.elaborada e representativa.

O Haaretz, de uma forma mais comedida, piblica uma simples mensagem, em inglês, que se destaca em sua edição hebraica.

A coragem da Folha e de alguns outros.

 Quando a notícia da capa é uma guerra, um ataque, um bombardeio, há sempre a dúvida entre os editores (de texto, de fotografia, de arte) sobre qual umagem estampar na página do jornal.

Normalmente, a escolha é por uma fotografia que mostre destruição, que revele a dimensão do ataque mas, que ao mesmo tempo, não apareça cadáveres ou corpos mutilados.

E essa questão é sempre debatida. Se o jornal quer mostrar a realidade da guerra, tem sim de mostrar as vítimas, aqueles que perdem a vida pelos atos brutais dos outros. Mas normalmente, como já disse hoje, esse tipo de leitura de um conflito é evitado nas capas, principalmente para não chocar os leitores.

Mas no ataque do Hamas a Israel, Folha de S. Paulo, os espanhóis La Vanguardia, El País e El Mundo  o argentino Clarin, o peruano Peru 21 e o uruguaio El Pais não se apequenaram e foram corajosos com as imagens publicadas em suas capas.

Abaixo, as capas dos jornais do mundo inteiro com o ataque sofrido por Israel.