Nosferatu 100 anos

 Nosferatu completou 100 anos ontem. Inspirado no livro de Bram Stoker, o filme alemão dá origem à saga de vampiros no cinema, com uma atmosfera expressionista característica da época.

Com esse conceito em mente, A Tribuna publicou matéria especial sobre o centenário, com texto e edição de Ronaldo Vaio.

A página totalmente sem cor segue a fotografia do filme. Os fios e o nome da editoria Galeria, cuja cor característica é uma variação do azul seguindo para o roxo, ficaram pretos também, para dar o ar sombrio ao layout. A própria fonte da editoria foi substituída por outra mais 'nosferática'.

Essa tipologia foi usada no título e nas vinhetas dos destaques.

Para imagem principal, escolhi uma das cenas mais emblemáticas e características do filme: a sombra do conde Orlok (o vampiro) com suas orelhas pontiagudas, subindo uma escada.

Tendo essa imagem como fundo, o texto foi aplicado sobre retículas brancas, que tornam a leitura facilitada e se integra ao clima do filme.

Os destaques, no fundo preto, remetem aos diálogos do filme, que por ser mudo, tem a narrativa escrita em vinhetas entre as cenas.

A Folha de S. Paulo também bebeu na mesma fonte, utilizando a mesma imagem, mas com um filtro azulado para dar cor à página e uma atmosfera amedrontadora à capa da Ilustrada.

Vale destacar aqui também o mexicano El Financiero, que em 4 de março saiu na frente e com a bela ilustração de Oscar Castro, contou tudo sobre os 100 anos de Nosferatu.

Beatles nordestino

Uma banda brasileira tocando as músicas dos Beatles, ok, normal. Agora, uma banda brasileira tocando as músicas dos Beatles em ritmo de forró,  isso sim é uma novidade. 

Essa foi a matéria de capa do Galeria do Jornal A Tribuna. A banda  Beatles Cordel madapta os clássicos do quarteto inglês para os rítimos musicaois nordestinos.

E aí vem o desafio. Criar um layout juntando duas culturas diferentes. O rock inglês e o forró brasileiro.

A inspiração veio do próprio nome do grupo: Beatles e cordel. A borda, típica dos cordéis nordestinos foi o princípio de tudo e elemento essencial ao layout. A partir disso, uma mescla dos elementos do cordel com referências beatlemaniacas formaram a página, onde é possível, sem muito esforço, identificar essas referências: o sol (Here Comes The Sun), as silhuetas dos músicos sobre a faixa de pedestres (Abbey Road), essas mesmas silhuetas nas cores das fardas que aparecem na capa de Sgt. Peppers, além de Black Bird e Yellow Submarine. 

E para dar ainda mais o ar de cordel a fonte do título finalizou perfeitamente o layout.

Vale dizer que o texto e a edição da página são de autoria do beatlemaníaco Ronaldo Vaio.

Almanaque: Sofrimento à la carte. Como foi feito.

Uma nova página/coluna começa a ser publicada em A Tribuna. Trata-se do Almanaque, escrita a quatro mãos por Edu Cavalcanti e Fernando Russell, que sairá dentro da editoria Galeria e, como o nome diz, será um grande balaio de assuntos.

Na primeira, publicada no último domingo, o tema foi música. No caso, a sofrência, um estilo musical que se renova e está sempre presente, desde os anos 60 e 70, com Waldick Soriano e Odair José, chegando aos dias de hoje, com Naiara Azevedo e Pablo.

Para o layout dessa nova coluna, a ideia dos autores foi o bar, a mesa, a bebida. O lugar onde se afoga as mágoas por um amor que não deu certo.

Seguindo essa linha, pensei em um pôster, um cartaz vintage que remetesse às capas dos discos, mas sem fotos, somente desenhos, ilustras, ícones. Então, apliquei a imagem do cara no bar.

Como detalhe importante e principal da página,  um coração. E como se fala em coração despedaçado, apliquei um coração partido, em dois pedaços, que serviram de base para os dois blocos de texto.

Para dar mais realismo, acresentei silhuetas de garrafas de cerveja, casando com o tema sofrência.

As cores sóbrias foram usadas para dar seneridade e não tirar a seriedade do layout.

Um detalhe legal desse projeto é o selo que identifica a coluna. Depois de algumas opções esboçadas no papel, pensei em criar algo diferente. Ao invés de um logo único, vou trabalhar com tiografia. A cada tema, a palavra Almanaque será escrita com uma fonte que remeta ao assunto.

Por exemplo: neste primeiro que fala de música, bar, noitada, o selo foi usado como se fosse luminoso de boteco com música ao vivo. Quando for uma página que fale algo sobre terror, escreveremos o Almanaque com uma fonte assustadora, e assim por diante.

E para finalizar, a fonte do titulo. Usei a vintage king, perfeita para a ideia da página.

Essa é a pegada do Almanaque e como foi criado esse primeiro layout. A cada edição vou postando aqui o processo de criação. Acompanhem. Espero que gostem.