O Velho Lobo

A morte de Zagallo merecia uma edição especial em A Tribuna, ainda que a ligação do Velho Lobo com a região não fosse tão estreita. Mas, ele é um dos maiores ícones da história do futebol mundial. Por isso, na última hora, resolvemos fazer uma página dupla sobre ele.

As ideias foram muitas, sempre flertando com o número 13, o número que ele gostava, que lhe dava sorte, que lhe inspirava na vida.

Até cheguei a fazer o texto dentro do número 13 e, em outro modelo, aplicar as fotos formando o número 13. Mas achei que perdeu um pouco da seriedade do momento. Então, optei por uma página mais normal, com um visual clássico e elegante.

Ainda Tina Turner

 Depois das capas, vamos às páginas internas dos jornais brasileiros com as especiais sobre a morte de Tina Turner.

Modéstia a parte, a página de A Tribuna criada pela designer Lutti Afonso foi uma das melhores dentre as publicadas. Usando como elemento principal o o cartaz do musical sobre a vida da cantora, a designer conseguiu criar um layout leve, harmônico e bonito, tendo as cores preta e dourada como predominantes.

Abaixo, as páginas internas dos jornais brasileiros.

O goleiro no Dia do Goleiro

 Para marcar o Dia do Goleiro, comemorado hoje, A Tribuna publica uma reportagem especial sobre um dos grandes paredões que defendeu do gol da Vila Belmiro: Cláudio César de Aguiar Mauriz, que atuou na meta santista com destaque de 1965 a 1973, tendo participado do tricampeonato paulista (67, 68 e 69) e teve a difícil missão de substituir o lendário Gylmar dos Santos Neves.

Para o compor o layout a esbocei um rabisco no papel.

A primeira ideia foi usar as traves como elemento da página, afinal, foi ali que ele se consagrou. O título foi aplicado atrás da rede, porque se estivesse à frente, ao meu ver, daria a sensação de que poderia estrar entrando no gol, transpassando o grande paredão que era o goleiro.

No texto de Eduardo Silva, um pouco da vida dentro e fora dos gramados, com depoimentos de ex-jogadores como Edu, Manoel Maria e Abel Verônico, grandes nomes que jogaram pelo time da Vila Belmiro.

As imagens históricas fazem parte do vasto acervo fotográfico de A Tribuna e revelam momentos dele descontraído, treinando e jogando.

O layout ficou simples, mas acredito que valorizou o texto, que foi uma bela homenagem ao goleiro no Dia do Goleiro.

Histórias do Carnaval

Reis, rainhas, princesas, intérpretes, gritos de guerra e figuras marcantes e históricas do Carnaval santista. 

Esses foram os elementos principais da série especial em 16 capítulos, idealizada, produzida e escrita pelo jornalista Eduardo Silva para o jornal A Tribuna. narrando histórias de outros carnavais, apresentando as rainhas das escolas de samba e, principalmente, prestando homenagem a quem tanto fez pela festa santista durante anos e anos de Carnaval.

Em um primeiro momento, a página seria na verdade uma coluna. Mas depois de criado o boneco do layout, percebemos que o espaço seria pequeno para tanta informação. Então, ampliamos para uma página, publicada três vezes por semana.

E falando no layout, a ideia foi mesclar os antigos e os atuais carnavais, misturando o colorido da festa com o cinza do passado. Por isso, as cores da atualidade sobrepostas aos elementos monocromáticos alusivos às festividades dos anos 70, 80 e 90.

As fotos, sempre que possível recortadas, deram leveza ao layout carnavalesco, que normalmente é cheio de cores e elementos gráficos, e que por vezes, acabam ficando poluídos visualmente. 

A grande pegada dessa série foi justamente esse desfile atemporal entre o antigo e o atual, tanto na parte gráfica como na editorial, com textos que relembram as festas passadas e apresentam personagem atuais, principalmente as rainhas, que deram cor, graça e beleza às páginas.

Além disso, há de se destacar as homenagens ao intérprete Zinho, um dos principais da história do Carnaval da região; ao Marechal J. Muniz Jr., a maior autoridade do samba santista; à cobertura inédita e histórica feita pela TV Tribuna do desfile na passarela do samba; ao eterno rei momo Waldemar Esteves da Cunha.

Foi uma grande sacada do Eduardo Silva essa série, que gerou grande repercussão no mundo do samba.

Abaixo, as páginas da série, diagramadas por mim e por Karina Batista.

40 anos de Puro Êxtase

O Barão Vermelho, um dos principais grupos da história do rock nacional, está completando 40 anos de carreira. E em A Tribuna, o editor de Galeria, Ronaldo Vaio, bateu um papo com o baterista Guto Goffi, fundo e integrante desde a formação inicial da banda.

Como a matéria seguia pelos 40 anos do Barão, usei o primeiro LP como inspiração para criar o layout da página,  Assim como na capa do disco, apliquei o efeito de papel rasgado sobre os atuais integrantes da banda, onde o subtítulo foi colocado seguindo a referência da capa de 1982. Esse efeito de papel rasgado foi colocado também para servir de fundo para o título principal, criando a linha visual da página.

E por falar na linha visual, o uso da foto dos integrantes num visual mais cartaz lambe-lambe, também é referência à capa do disco.

Como não é uma cópia, a página do jornal busca uma identidade muito parecida com a capa do LP, seguindo por um caminho mais próximo ao grafismo,  com a utilização de fontes semelhantes mas que não são as mesmas, e um ar mais depojado, não tão simétrico.

Para enriquecer um pouco mais o layout sem deixá-lo poluído, apliquei nas laterais na parte inferior da página, títulos de alguns dos sucessos do Barão Vermelho, mostrando um pouco do muito que o grupo fez no rock brasileiro.

E para finalizar, o detalhe do avião vermelho, pilotado pelo alemão Mafred Albrecht von Richtofen, que na Primeira Guerra Mundial fora apelidado de Barão Vermelho, um verdadeiro Top Gun da época, cuja história inspirou o nome do grupo.

Nome aos bois.

 Em jornais, normalmente, nas reportagens especiais, costumam ser publicados os créditos dos repórteres que escreveram as matérias e dos fotógrafos.

A não ser que seja um suplemento especial onde é publicado o expediente com os nomes de todos (editores, repórteres, fotógrafos, diagramadores), não são todos os veículos que dão os nomes aos bois.

Eu, desde que assumi a chefia da diagramação, dei liberdade aos diagramadores para que assinassem as páginas cujos layouts são especiais, trabalhados visualmente. Inclusive, criei no jornal um cabeçalho em cada editoria onde aparece o nome, o telefone e o e-mail do editor responsável.

Pois bem. Neste domingo, o paraense O Liberal, de Belém, publica a primeira reportagem de uma série em sete episódios sobre o arquipélago de Marajó pós-covid. Um retorno para mostrar como estão os moradores na retomada e os problemas que atingem a ilha.

Com um design diferenciado, utilizando o recurso de máscara sobre as fotos principais, espaços  branco e 'splashes' pretos como testeira, e fontes diferenciadas, as páginas chamam a atenção na edição, destacando-se das demais e sendo um belo atrativo aos leitores.

Vale lembrar que uma reportagem especial com uma diagramação comum, se perde entre as demais páginas de um jornal.

Mas o que isso tem a ver com o título deste post?

Pois bem. Aparece o nome do repórter, o autor das fotos mas não é citado o criativo designer que concebeu o layout.

É preciso dar nome aos bois.

Dia do 'sanduba'

 Hoje é comemorado o Dia do Hamburguer. O cearense o Povo, o Estado de S. Paulo e A Tribuna, não deixaram a data passar em branco.

Não vou comentar os layouts. Apenas mostrar os 'especiais' sobre essa gostosura que é preferência do público mais jovem.

O POVO

O ESTADO DE S. PAULO

A TRIBUNA

Do papel viemos ao papel voltaremos

Em jornal impresso tudo começa no papel. E tudo termina nele também, no papel. No meio disso, entre o início (esboço da diagramação) e o final (página impressa no jornal), tem o computador, a máquina.

Então, a fórmula é papel/digital/papel.

E assim foi a coluna social de domingo. 

Tudo começou com um rabisco da própria colunista, Cristina Guedes, mostrando como ela queria a página. Como não sou dono da razão, segui suas orientações.

Esbocei então, ainda no papel, um rabisco bem rabiscado de como, na minha cabeça, eu imaginava a página montada, anotando quais e quantos elementos eu iria usar.

Do esboço no papel, passei para o computador a ideia, procurando ser mais fiel possível ao desenho. 

Além desse, criei outros dois modelos, mas nem os finalizei porque não me agradaram.

 

Página montada no computador, enviada à autora e aprovada, o caminho foi completo. Do papel viemos. Ao papel, voltamos.